Foto: Divulgação/Ceará SC

São quatro anos consecutivos de Série A, crescimento do clube em sua estrutura e a obtenção da credibilidade e do respeito de todos os que fazem o futebol brasileiro. O Ceará Sporting Club tem conquistado seu espaço entre as principais equipes do futebol brasileiro e tem em sua organização financeira um dos pilares para isso. O cearasc.com conversou com exclusividade com João Paulo Silva, Diretor de Finanças do Mais Querido. O dirigente alvinegro nos contou alguns dos processos que fizeram e fazem com que o Vozão esteja no processo de ascensão no cenário futebolístico nacional. 

João assumiu a parte financeira do Mais Querido entre o fim de 2015 e o início de 2016. Já em um processo contínuo de profissionalização iniciado ainda no fim da década anterior, o clube colocava naquele momento o acesso à Série A como o primeiro objetivo a ser alcançado para que, assim, pudesse angariar um maior número de fontes de receitas.  

“Quando assumimos o clube, em meados de 2015, 2016, nós tínhamos em mente que o clube precisaria estar na Série A e esse era o primeiro objetivo. Os contratos de televisão são maiores e você tem um maior potencial de adquirir receitas com sócio, bilheteria, patrocínio etc”, disse João Paulo. 

Com o acesso conquistado em 2017 e uma política de austeridade fiscal que tinha como conceito primordial o respeito aos processos para que salários permanecessem em dia, a estruturação física do clube continuasse acontecendo e, é claro, a bola seguisse entrando, o Alvinegro mantinha o pé no chão e, mesmo que passando pelas dificuldades quase que óbvias de retornar a um dos principais campeonatos do futebol mundial, o Ceará seguia evoluindo no campo e fora dele.

Pouco mais de um ano e meio após retornar à elite nacional, o Alvinegro concluía a compra  da Cidade Vozão, Centro de Treinamentos exclusivo para a base alvinegra. Formar atletas para que eles pudessem dar retorno esportivo e financeiro era o grande objetivo do novo equipamento. Curiosamente, antes mesmo da compra definitiva do CT, nomes como Arthur Cabral e Felipe Jonatan, atletas formados no Centro de Treinamento, foram vendidos para outras equipes do futebol nacional e renderam aos cofres alvinegros valores superiores, inclusive, ao do Centro de Treinamentos para formação de novos talentos. 

Além dos atletas forjados nos gramados do CT de Itaitinga, após o seu primeiro ano de Série A, o Vozão passou a adquirir os direitos econômicos dos atletas que chegavam a Porangabuçu. Mesmo que este tipo de transação fizesse necessário um investimento um pouco maior do que um empréstimo, por exemplo, a chance de um retorno financeiro futuro faz com que esse processo seja mais vantajoso. 

Segundo João Paulo, formar atletas no clube e adquirir os direitos dos novos atletas foram e são primordiais para que o Alvinegro estivesse crescendo constantemente. 

“Na minha visão, o grande diferencial começou a acontecer quando passamos a adquirir os direitos econômicos dos jogadores que vinham vestir a camisa do Ceará e quando passamos a dar oportunidades para jogadores oriundos da base no time profissional. 

Hoje, além dos atletas nos ajudarem em campo, são grandes oportunidades de negócio, vide os casos de Arthur Cabral e Felipe Jonatan”, citou. 

O trabalho dos últimos anos em Porangabuçu fez com que o Mais Querido conquistasse o respeito e a confiabilidade necessária no mercado do futebol atual. Os viés técnicos e financeiros do clube vêm crescendo em conjunto, o que faz aqueles que estão no clube acreditarem na continuação desta evolução. 

“Hoje, o clube tem uma credibilidade muito grande no mercado e está há quatro anos consecutivos de Série A, o que era o propósito desde o começo desse trabalho. O clube está em um patamar de crescimento e a tendência é ir ainda mais longe”, finalizou João Paulo. 

Como já citamos, a subordinação à metodologia aplicada no clube desde que a atual gestão assumiu o comando alvinegro é um dos principais fundamentos para que a evolução venha acontecendo. Uma vez que todos os procedimentos adotados desde meados de 2015 permanecem sendo a base do trabalho, a expectativa é que o crescimento siga acontecendo.

 Matheus Pereira/Departamento de Comunicação - CSC