Se não fosse diferente, não se chamaria clássico
Se não fosse diferente, não teria um nome só seu e chamaríamos de jogo, como acontece com todos os outros. Se não fosse diferente, confrontos assim não teriam o poder de criar ídolos e ter, só para si, heróis improváveis. Clássico é sempre diferente e até quando segue um roteiro semelhante ao anterior, tem peculiaridades.
A vitória é mais saborosa, a derrota é mais sofrida e os efeitos (positivos ou negativos) têm intensidade e durabilidade maiores. Até o que se precisa para vencer um clássico é algo único, a intensidade tem praticamente o mesmo valor da técnica e os detalhes, muitas vezes minúsculos, crescem em relevância.
Em 2023, o Ceará encontrou o seu rival em duas oportunidades e tratou os jogos exatamente como teria de fazer. Castilho e Erick castigaram os tricolores em bolas sobradas e em penalidades e todos que estiveram em campo guerrearam do início ao fim na busca do resultado.
O discurso externo é o que menos importa agora e todos nós sabemos disso. Afinal, independente do campeonato ou da fase em que rivais se encontram, vencer será sempre o anseio de atletas e torcida.
2023 ainda está no início e, muito possivelmente, o Clássico-Rei voltará a acontecer nesta temporada. Outra excepcionalidade de um clássico é a dificuldade para fazer previsão em um jogo assim; então não o faremos, mas a certeza é que, bem como nos anteriores, vai ser diferente. Vai ser clássico e, por si só, isso basta.
Matheus Pereira/Departamento de Comunicação - CSC
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