(Foto: Divulgação/CearaSC.com)

Antônio Edgar da Silveira, ou simplesmente, Mitotônio. Natural de Granja interior do Ceará e alvinegro ferrenho, o ex ponta-esquerda marcou seu nome na história do Mais Querido com gols, atuações e títulos. O ex-jogador nos deixou há 70 anos, no dia 1º de abril de 1951, após sofrer um AVC.

Mitotônio defendeu as cores do Vozão entre os anos de 1941 a 1944. No ano não disputou o campeonato estadual, retornando em 1946, quando ficou até sua morte, em 1951. Pelo Ceará, o ex ponta-esquerda atuou em 222 partidas e fez 151 gols, marca que o coloca como o segundo maior artilheiro da história do clube. Mitotônio foi Campeão Cearense pelo Alvinegro nos anos de 1941, 1942 e 1948.

O ex-jogador carrega ainda alguns feitos expressivos com o manto alvinegro. Ele foi o primeiro jogador do Ceará que atingiu as marcas de 50, 100 e 150 gols com a camisa do time. Apesar de não ser centroavante, Mitotônio foi durante mais de 20 anos ele foi o maior artilheiro do Ceará em todos os tempos, e hoje fica atrás apenas de Gildo em números de gols com a camisa do Alvinegro.

Mitotônio jogou pelo Ceará por dez anos e praticamente morreu defendendo o Mais Querido em campo. O fato aconteceu em uma partida contra o Gentilândia, pelo Campeonato Cearense de 1950, no dia 31 de março de 1951. O Ceará venceu por 4x1 e Mitotônio marcou um gol na partida, mas antes do fim do primeiro tempo, o ídolo alvinegro sentiu uma dor intensa na cabeça, aos berros ajoelhou-se na grande área do adversário e levou as mãos à cabeça. Levado para o lado de fora do campo, Mitotônio vomitou muito por alguns minutos e foi levado para a assistência médica, hoje conhecida como Instituto José Frota. Mitotônio foi liberado após ficar algumas horas internado e voltou para sua casa.

Entretanto, na madrugada do dia 1º de abril de 1951, por volta das 1h30 da madrugada, acordou para beber água e foi encontrado sem vida na cozinha de sua pequena casa. Mitotônio teve um AVC e faleceu, assim consta em seu atestado de óbito, bem como comprova todos os eventos que anteciparam a fatalidade.

A morte do jogador, já tido como ídolo do clube, gerou muita comoção e uma série de dúvidas na sociedade fortalezense da época. Como era 1º de abril, e naquele ano a data já era tratada como o dia da mentira, muitos não acreditaram na morte do craque Alvinegro, que não compareceram ao enterro do atleta, pois acreditaram não ser verdade. Ainda assim, relatos da época dão conta de uma carreata com cerca de 51 carros e centenas de populares acompanhando o funeral de um dos maiores jogadores da história do clube.

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